Governo Lula prepara pedido de desculpas a família de Rubens Paiva e aos mais de 413 desaparecidos durante a ditadura militar.
Com a repercussão do filme “ainda estou aqui” com três indicações ao Oscar, uma delas inédita na categoria de melhor filme, governo Lula prepara uma cerimônia oficial de pedido de desculpas, a família de Rubens Paiva e a mais de 413 mortos e desaparecidos durante o regime militar.
A cerimônia está sendo elaborado pelo ministério dos direitos humanos, e está prevista para acontecer em abril, o pedido de desculpas vem logo após a certidão de óbito de Rubens Paiva, morto e torturado pelo regime, ter sido corrigida.
Na primeira versão, de 1996, o ex deputado era dado apenas como desaparecido, depois de décadas de luta de sua esposa Eunice Paiva foi adicionado ao documento a causa da morte “não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro no contexto da perseguição sistemática à população identificada como dissidente política do regime ditatorial instaurado em 1964.”
Rubens foi preso, torturado e morto pela ditadura em 1971, no destacamento de operações de informações- centro de operações de defesa interna (DOI-CODI).
O pedido de desculpas porém, não nos faz esquecer que o governo brasileiro e as forças armadas continuam sustentando os culpados e condenados pela morte e desaparecimento do então deputado durante o regime militar, O Ministério publico federal pediu a condenação e a suspensão das pensões recebidas pelos militares, mas ainda hoje não houve uma conclusão sobre o tema, cabendo ao STF decidir se aplica as punições aos torturadores ou se faz valer a “lei da anistia” assinada logo após o fim do regime, anistiando todos os militares envolvidos com a ditadura. Perpetuando a impunidade, com o estado bancando torturadores, assassinos. Com pensões que ultrapassam os R$ 1,8 milhões anuais dos cofres públicos.
Confira o trailer: