O aclamado filme de Walter Sales, dono de três indicações ao Oscar, traz luz para como o governo brasileiro trata, ainda hoje, torturadores e assassinos do regime militar.
Inspirado na autobiografia escrita por Marcelo Rubens Paiva, filho do ex-deputado Rubens Paiva e de Eunice Paiva, o longa conta a história da prisão e morte do político. Rubens foi torturado no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) e morreu no dia seguinte à prisão.
Na versão oficial do exército, ele teria sido sequestrado e dado como desaparecido. O atestado de óbito foi emitido somente depois de 25 anos, em 1996, após luta da esposa, Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres.
Os militares envolvidos na morte do então deputado recebem do governo brasileiro 141 mil por mês, jacy Ex-senador e Souza e José Antônio Nogueira Belham somados recebem uma quantia equivalente a R$ 50 mil por mês.
Rubens Paim Sampaio, Raymundo Ronaldo Campos e jacy Ochsendorf já mortos, deixaram pensão para seus familiares no valor que ultrapassa, sem desconto, 80 mil reais.
Em 2014, com a abertura da comissão da verdade pelo governo Dilma, os 5 militares acusados de participarem da morte do deputado foram denunciados ao ministério publico federal do Rio e condenados por homicídio e ocultação de cadáver, o MPF chegou a pedir para que os assassinos tivessem suas aposentadorias cassadas, assim como premiações e condecorações que os militares receberam.